"O menino peralta que virou coronel e comandante"
Coronel OOBM - Carlos Magno de Oliveira
A matéria abaixo é uma homenagem da ASBOM-SE ao Cel. Carlos Magno de Oliveira e foi publicada no ano de 2004 quando ele ainda estava no comando da Corporação
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20/12/2004 23:34
Osmário Santos
Carlos Magno de Oliveira
"O menino peralta que virou coronel e comandante
Falar do hoje coronel Carlos Magno de Oliveira, comandante
do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe, é destacar uma trajetória de sucesso
na vida militar que tem no seu pai, o também coronel Carlos Valdir de Oliveira,
um grande exemplo e um incentivador de todas as horas.
Afinal de contas, o menino peralta que foi criado no bairro
Industrial, em Aracaju, conta hoje com 40 anos de idade e já atingiu o mais
alto cargo na hierarquia de sua corporação, sem contudo precisar passar por
cima de ninguém e muito menos precisar de apadrinhamentos.
Todos os postos conquistados por ele ao longo de sua
brilhante carreira militar, que teve passagens pelo NPOER do 28º Batalhão de
Caçadores, passando pela Academia de Bombeiro Militar de Brasília, foram sempre
pautados pela observância aos princípios da ordem e do respeito à hierarquia.
Mas antes de destacar o seu vasto currículo profissional e
de militar vamos falar um pouco sobre o cidadão Carlos Magno de Oliveira, que
tem na mãe Maria Alda de Oliveira um belo exemplo de mulher. Enfermeira por
profissão, ela teve três filhos e dividia o tempo com os afazeres domésticos e
a função de amenizar o sofrimento de outras pessoas.
O pai, coronel Valdir, foi comandante do Corpo de Bombeiros
Militar de Sergipe simplesmente por 16 anos, desde que o CB era apenas uma
unidade do município de Aracaju, e marcou sua vida para sempre. O que ficou
claro para o menino Carlos Magno foram os ensinamentos da mãe e do pai quanto à
valorização pela vida.
Isso, com certeza, influenciou sobremaneira na decisão pela
carreira militar, especialmente no Corpo de Bombeiros, cujo lema é “Vidas
alheias, riquezas a salvar”. Mais que isso, a determinação em poder socorrer os
necessitados em muito contribuiu para a definição da carreira de bombeiro
militar.
Sobre a infância vivida durante algum tempo no velho e
tradicional bairro Industrial, em nossa capital, guarda boas recordações,
especialmente dos amigos da rua Altamira, a exemplo de Elvano, um dos mais
próximos. Além disso, ainda estão em sua mente as férias passadas em Malhador,
na casa de farinha de seu avô, junto com seus primos Toinho e Gutembergue, este
último sargento do CB.
Em termos de estudos, pode-se dizer que ele foi um exemplo,
haja visto que na idade em que está já tem os títulos de engenheiro de
Segurança com pós-graduação na Academia Militar do Distrito Federal; bacharel
em Direito pela Unit e pós-graduado e MBA em Gestão Estratégica de Empresas
Públicas pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.
Mas tudo começou no Colégio Ação Social Sagrada Família,
localizado no Jardim Miramar, ao lado do Dnocs. Depois veio o Colégio
Tiradentes, onde o pai, coronel Valdir, foi seu professor até a 1º ano do 2º
grau. Teve ainda seis meses no tradicional Atheneu Sergipense e o restante dos
estudos antes de ir para a faculdade no Colégio Visão.
Guarda uma grata e carinhosa recordação do professor Uchoa,
de dona Amélia, Nena, Ibelza, Zindinalva e tantos outros que contribuíram para
a sua formação. Fato curioso em relação a sua fase de estudante, já na Unit,
foi ter a sua hoje esposa, Maria de Fátima Alcântara de Oliveira, como
professora.
No exercício da carreira militar, passou por várias funções
importantes, como a de comandante da Guarda do Palácio do governo do Estado,
ajudante de ordem do governador João Alves Filho, no seu segundo governo, e
também passou um ano na mesma função servindo ao governo Albano Franco.
Eleito presidente da Assembléia Legislativa de Sergipe, o
hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Reinaldo Moura, convida
Carlos Magno para ser o responsável pela segurança da Casa Legislativa. Quando
Reinaldo Moura termina seu mandato de presidente, Magno sai para concluir o
curso superior de comando.
Esse curso, saliente-se, é fundamental e obrigatório para
quem pretende exercer a função de comando, tendo ele concluído com brilhantismo
no Rio de Janeiro, para em seguida assumir, desde agosto de 2001, o comando
geral do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe até a presente data.
Ao longo de sua carreira recebeu inúmeras condecorações, a
exemplo das Medalhas do Mérito Bombeiro Militar de Sergipe, Alagoas,
Pernambuco, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Rio de
Janeiro, além da Medalha Passador de Prata, pelos seus 20 anos de serviços ao
CBM de Sergipe.
Também fez estágios no exterior, todos nos Estados Unidos,
ou seja, no Los Angeles Fire Departament (LAFD); no San Francisco Fire
Equipaments (SFFD), no Texas; e ainda no National Fire Protection Associaton
(NFPA), em Nova Iorque.
Além disso, na época do NPOR (Exército brasileiro), foi
presidente do Grêmio Correia Lima e membro da Comissão de Festas e na Academia
de Bombeiro Militar do Distrito Federal foi presidente do Diretório Acadêmico e
Cultural Dez de Novembro.
Atualmente, o coronel Carlos Magno é presidente da Regional
Nordeste da Liga Nacional de Bombeiros e conselheiro mais antigo em comando do
Conselho Nacional de Comandantes Gerais de Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares existentes no país.
Ufa, isso tudo com apenas 40 anos, que ele considera bem vividos,
em todos os aspectos. A mulher, Fátima, que está casada com ele desde 11 de
abril de 1991, que o diga. Brincadeiras à parte, os dois vivem hoje em clima de
harmonia ao lado dos familiares e há algum tempo juntamente com o seu saudoso
sogro Abelardo Pedro D’Alcântara e de sua sogra Maria Simplício D’Alcântara.
Os dois, juntamente com seus pais Valdir e dona Alda, além
da mulher Fátima, ele considera as pessoas mais importantes em sua vida. Claro
que num nível menor, mas nem por isso menos importante, estão os seus irmãos,
os seus cunhados e alguns dos seus amigos que ele preserva com carinho.
Com certeza, o nome Carlos Magno de Oliveira, assim como o
do coronel Carlos Valdir de Oliveira, vai ficar marcado para sempre na história
do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe pela dedicação, pela lealdade aos seus
comandados e especialmente pela maneira simples e amiga de tratar a todos. Um
exemplo de vida gerado a partir de outro exemplo".
FONTE:
FOTO:
ASBOM-SE
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